O que é a ansiedade? Como sei que sofro de ansiedade? Como a posso gerir? Descubra tudo neste artigo.
Neste artigo vamos abordar:
O bem-estar psicológico está diretamente relacionado com áreas muito importantes da vida, como as relações pessoais e profissionais, a qualidade do sono, a motivação, a criatividade, entre outras.
Com a pandemia, as patologias relacionadas a transtornos mentais aumentaram. A solidão associada ao confinamento, as medidas de distância social, a utilização de máscaras, o medo de contágio, a preocupação com os familiares e amigos, as dificuldades financeiras e a incerteza em relação ao futuro intensificaram os sentimentos de tristeza, medo, raiva, a ansiedade e os sintomas associados à depressão.
De acordo com a Sociedade Portuguesa da Psiquiatria e Saúde Mental, as perturbações de ansiedade são as que predominam entre as perturbações psiquiátricas, em cerca de 16,5%.
No relatório final do estudo SM-COVID19, publicado em janeiro de 2021 e realizado a 6079 portugueses, destaca-se que 27% dos inquiridos indicaram ter sintomas moderados a graves de ansiedade. Nos indivíduos que indicaram estar ou ter estado em quarentena, em isolamento ou já recuperados da COVID-19, 72% reportaram sofrimento psicológico e mais de metade referiu sintomas de depressão moderada a grave. Dos indivíduos infetados, que estiveram em internamento hospitalar ou em cuidados intensivos, a maioria (92%) refere sintomas de ansiedade moderada a grave.
A ansiedade pode ser considerada uma emoção de alarme, associada a sensações de angústia, tensão e insegurança. Quando estas sensações causam mal-estar por serem frequentes e/ou intensas, podem conduzir a uma patologia.
Uma pessoa que sofre de ansiedade sente-se frequentemente angustiada, ameaçada, com uma sensação de “mau pressentimento”, muitas vezes, sem conseguir identificar a sua origem.
A ansiedade também se pode manifestar em sintomas físicos e alterações psíquicas, como reações cognitivas, comportamentais e sociais, afetando, muitas vezes, a qualidade de vida.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a ansiedade é um dos principais problemas de saúde mental.
A ansiedade por surgir a qualquer momento do dia. Alguns episódios podem ser desencadeados por acontecimentos inesperados e pouco frequentes, que podem provocar pensamentos intrusivos, negativos e frequentes sensações desagradáveis.
Episódios de ansiedade também são muito comuns ao acordar ou ao adormecer, pois, o início e o final do dia são, frequentemente, os momentos em que o nosso cérebro está mais propenso para refletir. O que pode originar pensamentos de preocupação excessiva com acontecimentos futuros, com ou sem motivo concreto ou racional.
Taquicardia, hipertensão, sensação de nó no estômago, falta de ar, boca seca, transpiração excessiva, náuseas ou vómitos, diarreia, dor de cabeça, zumbidos nos ouvidos, vertigens ou tonturas, dores nas costas, sensação de aumento de temperatura, bexiga hiperativa, psoríase, queda de cabelo, perda ou aumento de apetite e perda ou aumento de peso, alterações no ciclo menstrual, unhas quebradiças.
Tremores, bloqueios, não conseguir ter uma reação, estado de alerta, irritabilidade, tensão nos maxilares, alterações do tom de voz, hiperatividade motora e roer as unhas.
Preocupação excessiva ou obsessiva, pensamentos intrusivos negativos, dificuldades de concentração e atenção, perturbações de sono, alterações de memória, vontade de chorar e pensamentos pessimistas.
Dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, em dizer “não” ou de discordar, preocupação excessiva com a opinião das outras pessoas e o que elas podem estar a pensar, assim como o isolamento social.
A gravidade do distúrbio depende da frequência, intensidade e quantidade dos sintomas.
A ansiedade pode manifestar-se em adultos, jovens, em crianças e em idosos, ou seja, pode atingir qualquer pessoa, independentemente da idade e do sexo.
É muito importante perceber que não são apenas as outras pessoas que podem ser afetadas por esta patologia e não descartar os sintomas sentidos. É particularmente importante estar atento aos sinais desta patologia nas crianças, pois podem não conseguir expressar-se de uma forma clara.
É importante perceber que a ansiedade é natural e é algo útil para identificar situações de perigo, assim como preparar uma melhor resposta para enfrentar as mesmas. Quando bem controlada, atua como um estimulante, no entanto, quando se torna descontrolada, causa sofrimento desnecessário e diminui a qualidade de vida.
Em alguns casos, a ansiedade pode ter uma causa evidente. No entanto, em outros parece não ter origem aparente. Quando isso acontece, combinado com o facto de o paciente não conseguir identificar a sua origem, pode aumentar o nível de ansiedade. Por isso, um dos aspetos importante no tratamento é a identificação dos fatores que a desencadeiam.
São vários os estímulos que podem desencadear crises de ansiedade, tais como problemas físicos, o contexto profissional ou académico, fatores familiares, dilemas pessoais, situações de infância ou traumáticas, entre outros. A ansiedade pode ser provocada por estímulos internos ou externos.
Os fatores internos estão associados a questões biológicas, à própria genética ou a alterações do organismo. Já os fatores externos encontram-se ligados aos eventos que ocorrem ao longo da vida, podendo ser pessoais, familiares, profissionais e sociais.
Raramente existe um único fator responsável pela ansiedade. São, geralmente, vários os estímulos que causam as reações ansiogénicas.
Há alguns comportamentos e atitudes simples que podem ajudar a lidar com a ansiedade:
A olhar por gerações
De segunda a sexta-feira em Faro
“Autorizado a disponibilizar medicamentos não sugeitos a receita médica através da internet pelo Infarmed, I.P.”
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